domingo, 9 de maio de 2010

-História

A Sé além de constítuida por contrastres sociais e culturas populares, tem no seu contexto histórico uma infinidade de acontecimentos, que embora muito notáveis, são valorizados por poucos e preservados por raros.











A Faculdade de direito e o páteo do colégio são patrimônios históricos, enriquecem o bairro que carrega uma imensidão de acontecimentos e os vultos dos periodos em que tais prédios foram erguidos.










O sino e o antigo telefone, ainda escrito com PH é uma sútil demonstração do quanto já aconteceu e quão vasta é a história do bairro.


































Aos que não sabem Sé é a abreviatura de Sedes Episcopalis, que significa: estrutura do poder da igreja católica.

-Contrastes Sociais



Sejam bem vindos à vida real!









A imponência dos grandes prédios do centro e a impotência do poder perante as desigualdades sociais.






É neste grandioso bairro, neste asfalto, sob os arranha-céus, que adormecem os filhos da nação, marginais à solução, e se um dia despertarem?














Mas ainda há o espirito de caridade, que luta pela minima melhoria, pelo minimo da sobrevivência;
Na Sé um grupo espirita distribui marmitas que, pseudo alimentam os moradores de rua.
a foto acima revela este "trabalho"
abaixo o nome de um dos participantes e o telefone para contato, caso resida em vós o tal espirito de caridade:
permitam-se
-Davi: 11 82050052.

-Traços das construções.



Na estrutura arcaica, no concreto cultural e artístico dos minimos detalhes,nas ruas da Sé surge a saudade do que não se viveu.






O cinza dos materiais utilizados nas construções envelhece ainda mais os prédios.
Não se trata apenas de tijolo sobre tijolo, há arte, expressão cultural, existe um vulto nostálgico em cada centímetro,
onde corriam os bondes no passado hoje circulam carros, fumaça de cigarro de crack, ar poluído de modernidade, combustível e o odor provocado nos que passam dias sem banho e se aconchegam neste saudosismo do que não foi apressiado.










Se estas ruas fossem minhas, lhes pediria que contassem-me suas histórias.








































-Expressões populares

O expressionismo do povo entra em atrito com a corrupção e as desigualdades,
Os protestos e a cultura popular são a liberdade do oprimido, o grito dos sem voz.

Consumidores de ideologias possuem estética anti-estética, indicam, participam, vestem-se do verbo pensar e em frente à grande catedral o mudo grita a voz outrora calada.



Cantam os trovadores, preservadores de sua (nossa) arte,
expressam-se de varias formas, seus palcos são as ruas, onde apresentam a música caipira, esquecida por grande parte da sociedade.









Liberdade de expressão!












Desenhando os muros, grafitando sua revolta,
são os
Andy's Warhol da nova geração.






-Arte preservada

O abstrato do artístico, o reflexo do passado e a
permanência no presente.























A Catedral e os diversos monumentos representam a necessidade que havia em expor e cultivar para os dias de hoje a arte do passado.


Variantes Linguísticas- Museu da lingua portuguesa.
















Relatório – Museu da Língua Portuguesa
1. O Museu
O principal objetivo do museu é valorizar e manter a identidade cultural. Seu acervo é o próprio idioma, um patrimônio intocável.
O Museu está localizado no centenário prédio da Estação da Luz em São Paulo, cidade com o maior número de pessoas que falam português no mundo.
Marco histórico na arquitetura da cidade, o prédio da Estação da Luz, com sua arquitetura inglesa passou por um apurado processo de restauração e adaptação para receber as instalações do museu, inaugurado em março de 2006.

2. A exposição

O museu apresenta “O certo do errado e o errado do certo”, uma exposição sobre as variantes lingüísticas no Brasil. A exposição mostra diversas formas de se falar o português, uma reflexão sobre a língua popular.
A primeira instalação apresenta um emaranhado de palavras que revela o espirito da exposição. O visitante observa que há frases quase escondidas, e uma das mais importantes diz “Quero ser um poliglota da minha própria língua”. O visitante vê que existe várias formas diferentes de falar o português e cada uma é adequada a uma situação de comunicação específica.
A mostra é composta de jogos que convida o espectador a interagir e mostrar seus conhecimentos sobre linguística.
A Biblioteca de Babel, uma das instalações mais interessantes, tem um nome contraditório afinal uma biblioteca pressupõe a organização, enquanto Babel sugere desordem. Nessa organização desorganizada tem uma série de frases, pensamentos, fragmentos literários, canções de compositores, trovadores que fizeram uso expressivo da língua portuguesa.



Meu limão, meu limoeiro
Meu pé de jacarandá
Uma vez tindô lelê
Outra vez, tindô lalá.”
(Renato Teixeira)


“ Em matéria de língua, quem quer tudo muito explicado, arrisca-se a não explicar nada.”
(Machado de Assis, em crônica publicada em A Semana)

A exposição oferece uma grande riqueza de trabalho em sala de aula. O museu permite reconhecer as diferenças entre o padrão culto e o padrão popular. Hoje um falante da língua não pode desconhecer isso. Se prestarmos mais atenção nos registros populares,vemos a riqueza do nosso patrimônio não-material que nos acompanha em todos os lugares e situações.

Poesia- SÉ


Se não fosse a Sé, seria ilusão
Se não fosse a Sé, seria solução
Se não fosse a Sé, seria uma cidade
Mas a Sé é bairro e diversidade

Católicos, mendigos, pecadores e mortais;
Imortalizados sob jornais

Sobre cobertores e sobre o papelão;
Sob a face podre e suja da nação
Esquecem dos meninos da praça da Sé
E quando toca o sino, ergue catedral da Sé sem fé.
Reza, orações, preces, ilusões;
Condicionados, carcerados às prisões;

Os livres sentem frio, os livres sentem fome.
Os religiosos passam diante dos que não tem sobrenome;
Mas estes nunca rezam, não disponibilizam sua fé

Para os favorecidos, a Sé é outra Sé.
Pobreza em confronto com a potência católica
Enquanto isso em frente à catedral a resposta

Eles cheiram cola para aquecer
Do lado de dentro ópio para esquecer

Esquecer da desigualdade, esquecer da contradição, esquecer do massacre com seus próprios irmãos.

Mesmo assim, vêem-se sorrisos, amarelos ou não,
Vêem-se ternos bonitos, outros com pés no chão.
Vêem-se em olhos brilhantes, esperança, salvação
Em punhos fechados o inacesso à opção

Sedes episcopalis, representação do poder católico;
Vestes, emblemas, rostos, crucifixos simbólicos;
Capitalismo bruto, cegueira proposital.

Tudo tem importância, exceto o menino sob o jornal.
( Karina Mendes Brandão)